A República de Angola critica, de forma enérgica, a ocupação do território de Masisi, província do Kivu-Norte, Leste da República Democrática do Congo (RDC), pelo movimento 23 de Março (M23), uma acção que considera “irresponsável” e que compromete gravemente os esforços de pacificação do conflito prevalecente na região Leste da RDC.
De acordo com uma nota a que o Jornal de Angola teve acesso, o Governo angolano, em nome do Presidente da República, João Lourenço, facilitador da normalização das relações político-diplomáticas e de cooperação entre a RDC e o Rwanda, expressa que tal acto, ocorrido no dia 4 de Janeiro deste ano, representa uma flagrante e inaceitável violação ao cessar-fogo assinado pelas partes e que vigora desde 4 de Agosto de 2024.
O Governo de Angola manifesta, na mesma nota, profunda preocupação face à escalada do conflito e a conquista ilegal de território na RDC, que se configura em violação da integridade territorial e soberania da República Democrática do Congo, tal como estipula o Acto Constitutivo da União Africana (UA) e da Carta das Nações Unidas.
A ONU condenou, igualmente, em comunicado, a ofensiva desencadeada pelas forças rebeldes do M23 em Kivu-Norte, a 4 de Janeiro deste mês, com a ocupação da cidade de Masisi.
De acordo com as forças de paz no país, refere a nota da ONU, o ataque resultou na morte de, pelo menos, sete civis e levou ao deslocamento de dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças, piorando a crise humanitária no Leste da RDC.
O grupo armado, lê-se na mesma nota, ameaça avançar ainda mais para os territórios de Masisi e Walikale, e não só, bem como no centro administrativo de Lubero, na parte Norte da província.
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