A Conferência, realizada na sede da Liga Árabe -, instituição que acolheu, há 18 de Julho 1964, a I Cimeira da OUA -, reservou igualmente uma mesa redonda sobre “Parcerias para a Paz e o Desenvolvimento”, cuja moderação esteve a cargo do embaixador Ahmed Abdel-Latif, director-geral do Centro Internacional do Cairo para Resolução de Conflitos, Manutenção e Consolidação da Paz.
Em abordagem, estiveram os desafios que a UA enfrenta, perante a necessidade que tem de mobilizar pelo menos 1 bilião de dólares americanos todos os anos, durante os próximos 10 anos, com o fim de implementar com sucesso a Agenda 2063.
Actualmente, os investimentos colectivos dos Estados-membros são estimados em 0,6 biliões de dólares americanos por ano, o que significa que serão necessários 0,4 biliões adicionais.
Neste sentido, considera-se essencial estabelecer parcerias mais estreitas com os principais parceiros de desenvolvimento e instituições financeiras internacionais. Para que estas parcerias funcionem, devem produzir benefícios significativos para todas as partes envolvidas, nomeadamente através da promoção do comércio de bens e serviços, criação de parcerias comerciais público-privadas mutuamente benéficas, e colaboração para enfrentar os desafios globais, incluindo as alterações climáticas, a migração, o tráfico de seres humanos, entre outros.
A mesa redonda, que contou com a presença de diplomatas do Japão e da Sérvia, fez um balanço dos desafios e oportunidades apresentados pelas vastas redes de parcerias de África com o mundo.
Saliente-se que os trabalhos da Conferências foram acompanhados pelo embaixador Hamdi Loza, que presidiu a cerimónia de abertura, em representação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shoukry, o embaixador Tordeta Ratebaye -, director do gabinete do Presidente da União Africana -, em representação de Moussa Faki, presidente da UA, o embaixador Khaled Manzlawy, assistente do SG para Política Africana da Liga árabe, e o presidente do Grupo de embaixadores africanos, Mohamadou Labarang.
De referir que em Maio de 1963, trinta e dois Chefes de Estados Africanos Independentes reuniram-se em Adis Abeba, Etiópia, para assinar a Carta que cria a primeira instituição continental pós-independência de África, a Organização da Unidade Africana (OUA), como manifestação da visão pan-africana de uma África unida, livre e no controlo do seu próprio destino.
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